"Portugal: um olhar de esperança" - Multiculturalismo

No âmbito do Projecto "Nós e o Mundo" e do "1.º Encontro Inter e Multicultural de Albufeira", os alunos do 1.º ciclo da Escola Básica da Correeira, que integra o Agrupamento Vertical das Escolas Dr. Francisco Cabrita, participaram na modalidade de texto, sob a orientação do professor Nelson Moniz, tendo sido seleccionados e premiados os seguintes textos:

1º prémio do 1º escalão

Multiculturalidade

Escrevo o olhar de países que desconheço.
Sinto a luz no meu coração a brilhar
para que eu escreva o olhar distante
da minha alma a um país.
Digo à alma para me transportar
para outros países.
Fecho os olhos e de repente
entro no pensamento a navegar
pelas culturas de diferentes olhares.
Num olhar de uma pessoa
consigo ver se no coração
vai amor ou guerra.
O olhar que sigo com atenção
parece estar perdido
no meio de tantos olhares.
A distância de um país ao outro
pode ser imensa, mas a distância
do meu olhar ao coração
é tão próxima como uma pétala
ao pé de uma rosa.
Continuo a seguir o olhar perdido
e ele diz-me que nem tudo
são mares de imensa alegria.
O olhar diz-me que o seu país
está em guerra e a morte
está á espera de levar alguém
para debaixo da terra.
Com as palavras que escrevo
posso fazer a guerra
transformar-se em mares
imensos de alegria
que todos os países podem alcançar.

Gonçalo Dias – 4ºano / sala 3
idade- 10 anos



2º. Prémio do 1º. escalão

Diferentes culturas

Há muitas culturas. A palavra está nos povos,
palavras de diferentes línguas.
As pessoas dos outros povos
têm maneiras diferentes de se vestir.
Um dia eu viajei pelo mundo,
viajei à procura de outros tempos.
Primeiro fui à Índia e vi tantas coisas diferentes,
a maneira de se cumprimentarem e vestirem.
Lá as vacas são sagradas.
Depois fui aos países mais pobres.
Lá eu ensinei aos pequenos por gestos
a importância da palavra.
Aquele país era mais pobre do que o meu.
As culturas são todas diferentes.
Eu neste país aprendi
que se deve ajudar os mais pobres,
mas também aprendi que há meninos
muito mais compreensivos
do que os adultos do meu país.
Depois viajei até Moçambique, outro país pobre.
Os miúdos de lá eram muito queridos
comigo e com a palavra.
Eles perceberam a importância
do amor estar entre os povos.
Eu fiquei feliz por uns miúdos,
de sete ou seis anos,
compreenderem estas coisas.
Depois eu viajei até uma ilha.
Lá essas pessoas todos os dias diziam:
- Vamos morrer!
Eu cheguei lá e disse: - vocês estão salvos,
eu estou aqui para vos salvar.
E eles felizes disseram:
- Obrigada por nos ter salvo!
- Vão buscar as vossas coisas, digo eu.
Eles foram e felizes puseram-se no barco.
Depois eu disse para mim: é assim
que os povos deviam ser, unidos
para ajudarem-se uns aos outros.
E também quero agradecer a Deus
por me ter criado amiga dos outros.
Eu feliz levei as pessoas aos seus países.
Cheguei ao país deles e disse: sejam felizes
e ajudem os outros!
Depois de ter viajado nos países
e ter ajudado as pessoas,
estava na hora de ir para o meu país.
Cheguei ao meu país e disse: - amai os povos!
Quero ajudar o mundo.
Uma palavra pode dar amor a um povo.

Renata Rocha- 4ºano – sala 3
idade- 10 anos




3º prémio do 1º. Escalão

Diferentes culturas

Fito o céu, está azul como o mar.
Com os olhos bem abertos vejo
uma cultura totalmente diferente.
Estou na Índia, vejo pessoas,
homens a trabalhar,
mulheres a cuidar dos seus filhos.
Oiço uma música calma,
depois olho para as casas,
vejo crianças a brincarem.
O sol veio há muito tempo,
os raios são muito mais fortes
que os da minha terra.
Eu como criança que sou fui brincar
com os meus novos amigos.
Com os nossos risos chamamos o tempo
e o sol foi-se embora.
Mas quando acordamos fomos brincar outra vez.
Apenas pude brincar um pouco,
pois tinha que me preparar para outra viagem.
Agora estou no avião dentro de um céu azul.
Fito o longe e vejo um perfeito horizonte
onde o céu e o mar se beijam.
O sol outra vez vai embora e a lua vem
para iluminar o meu céu.
Adormeço com a música do silêncio
a sussurrar nos meus ouvidos.
A noite passa silenciosamente
com a luz das estrelas.
A manhã no aeroporto estava calma
pois as pessoas da cidade estavam a dormir.
Quando fui apanhar outro avião
enganei-me no voo.
Fui parar a Paris, vi uma grande torre,
a mais conhecida de Paris.
Eu era muito pequena,
não sabia muitas coisas sobre
multiculturalidade,
mas viajando pelos países muito atenta,
consegui perceber cada segredo
que havia para desvendar.
Vi que Paris era uma cidade muito rica e fina,
diferente da Índia.
Hoje descobri que cada país
tem uma cultura diferente,
uma maneira de ser,
uma forma de enfrentar as suas dificuldades.
Hoje aprendi coisas novas.
Hoje foi mais um dia de diversão.

Thalyta Carvalho- 4ºano – sala 3
idade- 10 anos



Multicultura

O amor fez o mundo. Eu peço-te tudo.
Agora és tu que me dás o amor.
Eu tenho saudades de te dizer: vamos percorrer o mundo!
Está lá a nossa descoberta.
A tua rosa é rosa porque cada dia é cada tempo.
Nós naquela noite de maré-baixa e lua cheia
fomos dizer ao mundo o que é a poesia.
Porquê e por que é que as nossas mágoas estão escondidas?
-Tu és a pessoa do meu coração
porque a cada lágrima minha tu dizes:
- desabafa com o teu coração!
Agora, ainda sou pequeno, só te sei amar e voar
até encontrar o mundo de Deus.
O mundo tem mais cultura contigo,
porque no nosso mundo e num outro tempo
tudo é possível. O silêncio é o silêncio,
o vento é o vento, o cheiro do teu perfume
é a tua rosa porque cada dia
sinto-me mais perto de ti.
E com este carinho te trato.
É a tua estrela que me faz olhar para o céu
e ver este mundo. Lá no teu coração há uma porta,
é a nossa porta, é o outro lado do tempo,
é onde existe paz, carinho, afecto e solidariedade.
É o arco-iris que me guia.
Ao teu lado vejo o tempo a crescer.
É a nossa espera para a nossa chegada, um mundo novo.
Agora o amor já está noutro coração.
Faço esta pergunta? O que é a poesia?
Um beijo significa paz.
Não sei o que é o nada.
A Natureza construiu um grande país que é a amizade.
Negros ou brancos não interessa, são todos amigos e irmãos.
Somos todos pessoas humanas feitas pela tua Natureza.
È hoje o nosso encontro
porque olho para o céu e vejo a tua estrela a brilhar.

Texto poético e filosófico, que não se enquadra no concurso de Multiculturalismo, mas que é digno de leitura.

Tiago Andrade Seong
4.º ano - sala 3
idade 10 anos

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