Contos na Escola

Introdução:
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, a docente Delfina Vernuccio desenvolveu com os seus alunos do 3.º cilo um projecto para a criação de pequenos textos e contos, que a biblioteca se propôs, de imediato, divulgar junto da comunidade educativa.
Para o efeito, todos os textos apresentados pelos alunos foram expostos, quer em placar existente na biblioteca, quer ainda neste blog, como forma de incentivo à leitura, quer ao gosto e desenvolvimento da escrita, com recurso a meios informáticos.
Assim, passa-se a aprenatar os seguites textos:

TEXTO UM - Amor ao reino, amor ao povo

Era uma vez, em tempos muito remotos, um jovem príncipe da Antiga Grécia, filho de Cidac, rei de Sparta... O príncipe chamava-se Helios. Era uma pessoa reservada, todos no reino lhe falavam bem e gostavam dele. Tinha cerca de quinze anos.
Num belo dia, quando cavalgava pelo seu reino, desapareceu durante a invasão dos povos de Hades, tendo fugido para as montanhas. Ali permaneceu durante vários dias.
Ao regressar, o príncipe apercebeu-se de que os povos de Hades tinham infectado o seu povo com a peste da Morte Vermelha. Ele, lamentando-se por ter fugido, chorava, sentindo-se, em parte, culpado pelo sucedido.
Dias mais tarde chegou a Sparta um sacerdote de um oráculo que lhe propôs tentar derrotar Hades para conseguir o remédio para a cura da peste. O príncipe decide, então, tentar a sua sorte. Nesse instante o sacerdote do oráculo manda-o cumprir três tarefas: alimentar os leões do céu, libertar o titan Prometeu e segurar o céu durante três horas.
Ao cumprir as três árduas tarefas, o nosso herói ganhou três oportunidades de vida.
Helios parte, então, para o submundo, onde se encontra com o guardião de Hades. O guardião, para o deixar passar, exigiu-lhe uma das suas vidas (a primeira das três que conquistara). Hélios cedeu e prosseguiu até encontrar Hades. Travou com ele uma incansável batalha, durante três dias e três noites. No limite das suas forças, o sacerdote do oráculo que chega ao submundo, oferece-lhe a espada da vida eterna. Hades mata o sacerdote, retirando a Helios a possibilidade de se eternizar.
Helios luta com a sua espada e derrota Hades, conseguindo, assim, o remédio para a cura da peste.da Morte Vermelha.
O príncipe Helios demora cinco anos a regressar a casa para poder ceder a cura a todos os que tinham sido injectados pelos povos de Hades.
Ao chegar a Sparta, tratado e recebido como um herói, Helios sentiu-se orgulhoso porque finalmente ajudara o seu povo...
Tiago Lopes, 8º E


TEXTO DOIS - Cabo Bojador

Vou-vos contar como há muito, muito tempo Gil Eanes conseguiu passar pela primeira vez o Cabo Bojador.
Era muito jovem, morava em lagos e andava em busca de aventuras. Sabia que estava a precisar de marinheiros para mais uma tentativa de passar o Cabo, que marcava o limite do mundo conhecido.
Os marinheiros contavam histórias de monstros marinhos, do fim do mundo e da água a ferver, de tal modo, que até cozia os peixes.
- Que melhor aventura poderia eu querer?
Fui até ao porto e ofereci-me para fazer parte da tripulação da embarcação de Gil Eanes. Aceitaram-me logo, pois não era fácil encontrar marinheiros.
O meu trabalho não tinha muita graça e era bastante duro. Tinha que limpar a água que se infiltrava no barco. Depois ainda tinha que limpar o convés, consertar velas e cabos e reparar tábuas e mastros.
Certo dia o mar acalmou e decidimos pescar, pois já estávamos cansados de comer biscoito (era uma espécie de pão arredondado e muito achatado, cozido duas vezes para não ganhar bolhas). Estávamos a puxar uma rede para cima quando avistámos algo desconhecido. Pegámos nos arpões para matar aquele ser estranho, mas eu disse para não o fazerem.
Disse também para irmos chamar o Gil Eanes, de modo a que ele pudesse decidir o que fazer.
Assim que ele chegou, ordenou que não matássemos o ser desconhecido e tentássemos puxá-lo para cima.
Quando retirámos as redes da água percebemos que era uma sereia. Ela agradeceu-nos imenso o facto de lhe termos poupado a vida. Como recompensa disse-nos a melhor maneira de passar o Cabo Bojador. Afinal era simples; apenas tínhamos que dar a volta mais ao largo… Fizemos como ela disse e, ao passarmos o Cabo, apercebemo-nos de que afinal o mundo não acabava ali…
Tiago Martins, 8º E


TEXTO TRÊS - Descoberta dos Açores

Era uma vez um navegador português chamado Vasco da Gama que queria descobrir o caminho marítimo para a Índia. Num dia de manhã partiu na sua caravela e foi em direcção ao seu objectivo: a conquista das Índias.
A meio do percurso surgiu uma enorme e terrível tempestade, com ventos de Sul para Norte, e a caravela acabou por atracar numa ilha desconhecida.
No dia seguinte, Vasco da Gama decidiu explorar o mundo desconhecido, mas não encontrou viv’alma… apenas um corvo negro, de bico amarelo, que dominava a arte de bem falar. Vasco da Gama decide levar o corvo consigo para a embarcação e a bonita ilha passou a chamar-se, em honra do animal, ilha do Corvo.
Continuaram a viagem e descobriram uma outra ilha, muito engraçada, à qual atribuíram o nome de Graciosa. Mais à frente os navegadores descobriram uma outra ilha, mas não lhe encontravam nada de particularmente bonito ou interessante; nada que lhes permitisse baptizá-la. Como foi a terceira ilha que encontraram, passou a chamar-se ilha Terceira.
No percurso que empreenderam, os nossos navegadores, dirigidos por Vasco da Gama, descobriram ainda quatro mundos: São Miguel, São Jorge, Faial e Santa Maria.
De regresso ao continente Lusitano, avistaram ainda um universo repleto de flores, verdejante, o qual apelidaram de ilha das Flores.
Após a descoberta do Pico, mesmo no pico da viagem, Vasco da Gama regressou, infeliz por não ter descoberto a magia das Índias, mas com o âmago repleto de uma paisagem que merece inúmeras visitas. Contou ao seu rei tudo o que viu e viveu, e é por esse motivo que hoje vos posso relatar tudo o que a minha imaginação mesclou com os factos da História.
Bruno Guerreiro, 8º E


TEXTO QUATRO - O Pobre Camponês

Era uma vez um camponês pobre, ruivo, baixinho, que não tinha possibilidades para curar a sua mãe doente. Foi então que, enquanto passeava, um mago lhe deu informações sobre um remédio e ofereceu-lhe um amuleto da sorte para que tudo corresse bem na busca que iria empreender.
O camponês foi para casa e informou a sua mãe que iria procurar o remédio para a curar.
No dia seguinte, de manhãzinha, fez-se ao caminho. Avançou em direcção ao Norte, em busca do remédio, mas já estava cansado e as suas pernas começavam a fraquejar. Decidiu parar para descansar e alimentar-se. Depois de convenientemente alimentado e recomposto, o camponês voltou à sua demanda.
A caminho da ribeira das Santas Flores, apareceu um génio que lhe deu mais forças para continuar e prometeu-lhe cuidar da sua mãe até ao seu regresso. O génio deu-lhe mais dois objectos mágicos: uma corda e uma caixa, para que pudesse ultrapassar tarefas impossíveis.
O camponês derrotou monstros, passou por rios, florestas, até que encontrou a ribeira das Santas Flores, onde se encontrava o remédio. Procurou, procurou, mas não sabia qual era a planta exacta. A ribeira era um local maravilhoso, onde tudo era perfeito, mas não lhe era possível encontrar algo que desconhecia. Foi então que apareceu um anãoque vivia na ribeira e disse:
- Quem és tu?
O camponês respondeu:
- Sou o Alfredo! Vim à procura de um remédio para curar a minha mãe.
- Para encontrares esse remédio terás que me derrotar primeiro – prosseguiu o anão.
O camponês fazia tudo pela sua mãe e aceitou o desafio do anão. Embora cansado, não desistiu. Foi em frente para derrotar o anão, mas não conseguiu. Ficou ferido e acabou preso, numa casa que nunca tinha visto. Lembrou-se, então, dos objectos mágicos que o génio lhe tinha dado e usou-os para sair de lá. Escapou da casa onde estava preso e conseguiu, finalmente, encontrar a planta.
De regresso a casa, administrou o remédio à mãe e conseguiu curá-la. Desde esse dia nunca mais houve doenças que não tivessem cura...
Ema Moreira, 8º E


TEXTO CINCO - Um soldado em busca do amor

Era uma vez um jovem soldado que morava com a sua avó, algures numa aldeia longínqua. Este jovem sohava todos os dias com o seu amor e com um matrimónio de sonho.
Certa noite, quando o soldado observava as estrelas pensando no seu amor desejado, considerou que algo de estranho se passava. Começou por ouvir uma voz doce e em poucos segundos apareceu uma linda fada, nascida de uma rosa. Ela era pequena e delicada, tinha um vestido de um tom de rosa ofuscante e umas tranças douradas atadas por umas fitas brancas.
O soldado, ao ser presenteado com tal visão, ganhou um brilho nos olhos, mas, simultaneamente, estava confuso, pois nunca tinha visto algo tão maravilhoso.
Seguidamente, a fada passou por cima do banco em que o soldado se encontrava sentado, e com a sua magia, abriu a mão e de lá surgiu um frasco com um líquido de tonalidades avermelhadas. O soldado ficou sem palavras, e então a fada disse-lhe:
- Guarda esta poção como se fosse a tua vida! Bebe-a quando quiseres e verás o que te irá acontecer...
O soldado, com tudo aquilo, ficou deslumbrado, mas sem saber para que servia a poção. Leu o rótulo, onde estava escrito “Bebe a poção que está aqui dentro e encontrarás o teu amor. Viverão felizes para sempre!”
De um trago, o soldado ingeriu a poção avermelhada e o seu corpo ganhou um brilho de luz. Dessa mesma luz e do seu próprio corpo surgiu a sua princesa. O soldado beijou-a e a poção surtiu efeito: viveram felizes para sempre!
Andreia Andrade, 7º C

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